"Sweet melodiesCross an ancient battlefieldSoaring still and claim memoriesSay a short goodbye, a short goodbye now, a short goodbye now", Oren Lavie
Brinquedos de Guerra (2011)
Palavras
são brinquedos de guerra
Da
minha, e também da sua
Uma
guerra longe das ruas
Meu
silêncio
Na
espera de tua voz
Que
em algo me cura
E
seria sua candura
Ou
minha loucura?
Enquanto
se transforma em animais
Passo
a imaginar os tais
Penso
se ao encarar o desconhecido
Estou
a perigo
E
se a palavra
Por
mim proferida
É
igual a que é por
Ti
recebida
Com
a força para
Te
deixar vencida
Ou
ferida
Eu
desmetaforizado,
Despido
de estilo,
Nem
tão seguro,
Nem
tão perdido
Vislumbro
teu nome
E
sigo
Não fosse um compromisso com canções autorais, eu poderia escrever algo sobre alguma canção do israelense Oren Lavie. Fui apresentado a ele há sete anos atrás e ouço mitos de um segundo cd ao menos desde dois mil e doze. Numa das conversas com B.S.B. ela surgiu com essa definição "palavras são brinquedos de guerra". Revirando os e-mails encontrei um do dia 03/01/2011 em que eu dizia Demorei pra caramba pra conseguir musicare no final usei outra melodia e tive que mudar uma ou outra coisa na letra foi minha última composição de 2010, inaugurando o sexto cd =D. Fora do registro não consigo imaginar como soava essa melodia. Admito o jogo: para que a listagem de demos mantivesse uma coesão anual transformei a canção em cria do ano seguinte. Por meu amor pelos acordes diminutos, ela fez parte de meu repertório em um festival cultural de Arujá:
Fatos, não palavras. |
A águia era como minha amiga se via, portanto, foi como meu desenho escorreu. Eu tinha a mania de fazer retratos. Fotografava e então dava no melhor estilo Pop Zen (só é seu aquilo que você dá). Com esse desenho não foi assim, ele ficou perdido numa pasta junto a uma cópia de estudo da Preocupação Materna Primária de Winnicott. Foi uma troca? Ela ficou com meu exemplar de Quando Fui Outro - presente de uma professora da faculdade - Bianca leu? Quem sabe ela estivesse personificando os ensinamentos de Rumpelstiltskin: toda magia vem com um preço. Sim! para que eu ficasse com a composição que partiu das palavras dela, eu não poderia ter o livro. A última vez em que a vi foi há exatos mil cento e oitenta e cinco dias, en passant, num tributo a Cazuza no Parque da Juventude. E eu nem gosto de Cazuza! que estava fazendo lá?
Nenhum comentário:
Postar um comentário