sábado, 10 de outubro de 2020

AcaryeCarina

“A ocarina é um instrumento de sopro em formato oval ou oviforme (expressão web-dicio,) feito, geralmente de porcelana, terracota, madeira ou pedra. A ocarina pertence ao segmento instrumental das flautas e é um dos instrumentos musicais mais antigos do mundo. Possui geralmente a forma oval tendo de quatro a doze furos para os dedos Um tubo chamado de passagem de ar (airway ou windway, em inglês) projeta-se de seu corpo servindo de bocal. Normalmente é feito do mesmo material da ocarina, mas pode ser feito de um material equivalente.” – Definição presente na Wikipedia



 

AcaryeCarina (2009)

Acary de Iracá arcanjo tocava ocarina
Carina ouvia a ocarina e amava Acary
Acary tocava a ocarina não via Carina
Carina sonhava todo o santo dia com Acary

Toque, toque Acary
Não deixe de tocar
Pois amor de ocarina
Faz Carina sonhar

Carmesim era o vestido que para a festa ia Carina
Acary em seu caritózinho não sabia o que vestir
Carina tinha carisma de menina bailarina
Acary não era caribenho muito menos carijó

Toque, toque Acary
Não deixe de tocar
Pois amor de ocarina
Faz Carina sonhar

Acary, meu caro, carece do amor de Carina
Carina carece das caricias que daria Acary
Em Iracá Arcanjo disso tudo o povo já sabia
Carina e Acary em cárcere platônico estão

Toque, toque Acary
Não deixe de tocar
Pois amor de ocarina
Faz Carina sonhar

Acary Carina carmesim a ocarina
A ocarina cárcere arcanjo Acary Carina

    Em um faixa a faixa escrito em 30/01/2010 eu dizia que “a faculdade me fez escrever coisas diferentes, e o que faltou de jogo de palavras na música anterior (O tudo que digo) entrou nessa. Um reggae sobre Acary de Iracá Arcanjo sua ocarina e o amor de Carina. Algo que eu pretendo transformar em conto futuramente. O refrão veio de um conto que minha mãe contava pra mim quando criança “La flor de Lirolay” e que dizia em algumas partes ‘Toque toque pastorzinho nunca deixe de tocar, os meus irmãos me mataram pela flor de Lirolay’.”
    É curioso ter este breve registro escrito há dez anos, por alguns motivos. Por exemplo, nunca escrevi o referido conto. Olhando hoje, inclusive, vejo encontro grande dificuldade em entender qual seria o seu conteúdo. Quem é Carina? O que ela faz? Além de sonhar com Acary todos os dias? Não sei hoje, tampouco sabia na época. Meu interesse era puramente estético, brincar com palavras. O que se destaca nos últimos versos em que se repetem “Acary, Carina, Carmesim, Ocarina, Cárcere, Arcanjo”, mas se encontra em maior ou menor grau por toda a letra. 
   A própria cidade “Iracá” nasceu de “Acari” lido ao contrário. A ocarina surgiu como referência ao jovem Tapion, personagem surgida no décimo terceiro filme de Dragon Ball Z: O Ataque do Dragão, lançado em julho de 1995. Me admira que haja tão poucas menções à animes ou mangás nas letras que escrevi, sendo mídias com as quais tenho muito contato há, pelo menos, vinte e seis anos.
     Quando adquiri o livro de Celina Bodenmüller e Fabiana Prando “A flor de Lirolay e outros contos da América Latina” lançado em 2015 pela Panda Books, qual não foi minha surpresa ao perceber que minha citação ao conto estava errada? A tal flauta cantava “Não me toque pastorzinho, apenas me deixe contar” e não “Toque, toque pastorzinho, nunca deixe de tocar”. Como a memória confundiu-se assim?

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