terça-feira, 1 de junho de 2021

01 de maio

"Se um autor de prosa sabe o bastante sobre aquilo que está escrevendo, ele poderá omitir coisas que sabe, e o leitor, se o autor escreve com suficiente verdade, terá dessas coisas um sentimento tão forte quanto o teria se o escritor as houvesse explicitado. A dignidade de movimento de um iceberg se deve ao fato de apenas um oitavo de sua massa estar acima das águas. Um escritor que omite coisas porque não as conhece apenas faz buracos em sua escrita." - Ernest Hemingway, em Morte ao Entardecer, cap.16 (Tradução de Renato Suttana)

 

Arte de Maureen Miranda
http://maureenmiranda.blogspot.com/


01 de maio (2013)
Música de Thales Salgado
Sobre versos de Maureen Miranda.

"São tantas coisas
embaralha tudo aqui
Fujo
Corro
Respiro com elas
Balanço verde
Respiro de novo
forçando meu riso
De fora,
pois o de dentro sempre
Ri
Os olhos não
esses sim
Sempre choram
por
MIM ?"

    Por muitos anos, tencionei que este post fosse realizado no primeiro dia do mês de maio. Seria uma forma de homenagear à multiartista Maureen Miranda que publicou os versos nesta data, eu já acompanhava o trabalho dela pelo blog há alguns anos, e era a maior motivação para acompanhar o trabalho da companhia de teatro Sutil - mesmo ao ver o filme da Hebe no cinema, a melhor experiência foi poder vê-la na tela grande. Tendo o blog começado apenas em junho de 2016, tive cinco chances de fazê-lo e não consegui. O que isso diz acerca da falta de planejamento? Penso muito acerca de como diversas das gravações que realizei permaneceram registradas no tempo-espaço do passado.
   Em julho de 2013 a psicóloga Fabíola Passos comentou "Linda, linda melodia (01 de maio) Alias, notei que você têm usado linhas melódicas mais irregulares para voz. Eu particularmente gosto, mas acho que é um item novo de suas canções desse ano!" A linha que fiz para esta composição, particularmente, era tão difícil para mim executar que gravei uma série de takes e os editei. Será que hoje, sou capaz de cantá-la de um fôlego só? Provavelmente, não.
    Outra particularidade desta composição é o solo utilizando a escaleta. Um instrumento que surgiu em meu caminho devido à Cidadão de Papelão d'O Teatro Mágico. Devido à minha resistência a tocar músicas de outrem, a emulação de algo que eu gosto sempre foi um de meus interesses. Pode ser pretensão, ou a falsa modéstia que dá título ao blog. Quem, além das pessoas que me conhecem teriam interesse em ouvir estas gravações caseiras? Se você leitorx, for esta pessoa, deixe um comentário. Farei questão de vir ao post replicá-lo. Não sei se você existe, afinal, hoje já há quem concorra ao Grammy produzindo diretamente do quarto, como diria o poeta "não há mais desculpas". Como não sou mais forte que a minha melhor, antes feito que perfeito.

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